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Sumaré,16/04/2024

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Dica de Leitura: Histórias do Meio do Mundo – Julianne Veiga.

Hoje conheceremos melhor a autora Julianne Veiga e seu livro Histórias do Meio do Mundo.


Dica de Leitura: Histórias do Meio do Mundo – Julianne Veiga.

Hoje conheceremos melhor a
autora Julianne Veiga e seu livro Histórias do Meio do Mundo. Julianne Veiga
nasceu em dezembro de 1957, na cidade de Goiás, onde voltou a residir 
no final de 2010. É casada, mãe de três
filhos e avó quatro vezes. Aguarda para dezembro a chegada de mais uma neta.
Bacharel em Comunicação Social e Direito pela UFG, tem contos e crônicas
publicadas pela Gueto, revista online de literatura. Participou das coletâneas
Literatura Goyas - Antologia 2015, Ed Livres Pensadores, e Histórias de
ternura, Ed Kelps, 2015. Histórias do Meio do Mundo é seu livro de contos de
estreia, publicado pela Editora Patuá, em março de 2021.

Vem comigo conhecer um pouco mais
dessa autora:

Como a literatura entrou em
sua vida?

mso-bidi-font-style:italic">Sempre gostei de ler. A leitura nos leva a fazer
experiências impensadas, a ver o mundo pelo olhar do outro, a visitar lugares
diferentes, a viver situações novas e a conhecer verticalmente variados tipos
humanos. Assim, foi como leitora que a literatura entrou em minha vida.Muito
depois, aposentada, senti vontade de escrever de forma livre. Fui me
reorganizando, me reinventando, melhor dizendo. Comecei escrevendo sobre o que
me trazia a memória espontânea até ganhar confiança e ousar. Hoje, percebo,
tenho lido menos depois que passei a escrever mais. No entanto, a leitora e a
escritora convivem bem e dividem o tempo com harmonia, deixando, inclusive,
sobrar espaço para que a bordadeira também se expresse.

Como é sua rotina para
escrever? Você tem alguma rotina para escrever, alguma disciplina, um horário
determinado ou escreve quando surge oportunidade?

mso-bidi-font-style:italic">Não tenho tido uma rotina de escrita, seguindo um
horário e local determinados. Uso mais o tablet, o que facilita para que eu
escreva em qualquer lugar e momento. No entanto, durante a escrita gosto de
estar só para que tudo flua sem apartes. No início, procurei criar uma rotina
diária de escrita, até, provavelmente, para dar sequência àquela de antes,
técnico/profissional, com a qual estava acostumada. Acabei por abandonar este
hábito, talvez, como uma espécie de rebeldia inútil. Acredito que será bom
reativar o propósito.

Quanto tempo demora para
concluir um livro?

mso-bidi-font-style:italic">Não sei fazer esta avaliação porque ainda não vivi
a experiência de me dedicar a escrever um livro. Como relatei, comecei a
escrever de forma espontânea, num mero exercício de escrita. Escrevia, e ainda
escrevo, porque a escrita se impõe a mim como um tipo de necessidade. Eu, que
sempre tinha estado profissionalmente em convivência constante com as palavras,
não soube, nem quis, me apartar delas quando me aposentei. Fui escrevendo
memórias, crônicas, ensaios, contos e alguma poesia. Tudo se intercalando sem
critério de classificação e prioridade. Tenho pensado em um livro que subverta
a ordem de gênero específico e misture em seu corpo gráfico/estrutural os
diversos tipos de prosa e poesia. Não sei, contudo, se farei isto.

As histórias “se escrevem”
sozinhas ou você pensa na trama inteira?

mso-bidi-font-style:italic">As histórias meio que “se escrevem” sozinhas. No
caso dos contos, traço mentalmente um esboço geral da trama, que nem sempre é
obedecido. Quando começo a escrita, permito que as palavras se encadeiem
livres. Deixo que as palavras, fortes nelas mesmas, conduzam a narrativa. O
mesmo se dá com as memórias. No caso das crônicas e ensaios é muito mais
difícil assumir qualquer espécie de governo sobre a escrita.

De onde vem a inspiração?

mso-bidi-font-style:italic">De fatos que instigam. De alguém conhecido ou do
desconhecido observado na rua. De alguma indignação. De uma situação vivida ou
da reunião das vividas por muitos. Pode vir num devaneio, descanso, tormento ou
de uma alegria. Tudo na vida pode ser inspirador. Toda pessoa tem uma história
importante. As que me interessam em demasia são as que nascem do cotidiano da
gente simples e, em particular, do das mulheres.

Quais são seus livros e
autores/autores favoritos?

mso-bidi-font-style:italic">Tenho preferência pelos autores de língua latina.
Vou me limitar a mencionar alguns latinos e brasileiros, entre eles goianos,
meus conterrâneos. Gosto demais de Saramago. Destaco dele os Ensaio sobre a
cegueira, pela pertinência temática com o Brasil de hoje. Memória do fogo, de
Eduardo Galeano, lido por último. Érico Veríssimo, Incidente em Antares. Sérgio
Sant'Anna, O vôo da madrugada. De Laurentino Gomes, Escravidão I. Poesia
completa, de Manoel de Barros. Torto arado, de Itamar Vieira Jr. Cartas à
rainha louca, de Maria Valéria Rezende. José J Veiga, A hora dos ruminantes.
Chegou o governador, Bernardo Elis. Rondó, livros de contos recém lançado por
Sonia Sant'Anna. Todos de Cora Coralina. Toda poesia de Marcos Caiado.

Tem planos para livros
futuros?

mso-bidi-font-style:italic">Sei que não vou me apartar da escrita. Escrever é
parte de minha parte essencial. É atividade componente do ser que sou. É uma
necessidade e um gosto. Tomara que deste meu processo de existência resulte um
novo livro. Se acontecer, será outra grande alegria para mim, como está sendo
esta agora que me foi trazida pelo Histórias do meio do mundo, meu livro de
contos lançado pela Editora Patuá, em maio deste ano de 2021.

mso-bidi-font-style:italic">RESENHA DO LIVRO

mso-bidi-font-style:italic">Este é o livro de estreia da autora Julianne Veiga
e meu primeiro contato com sua escrita. Julianne nos apresenta, através de uma
narrativa madura e que me cativou já nas primeiras frases, histórias de
mulheres em suas lutas diárias, cada uma com sua batalha interna ou externa e
que nos reflete em muitos momentos.

mso-bidi-font-style:italic">"Os escritos meio que nasceram por si sós.
Filhos deles mesmos, é o que são. Surgiram da necessidade, que em mim não
cessa, de lidar com a autonomia desmedia das palavras, de sorver a magia transformadora
que é delas a essência".

mso-bidi-font-style:italic">Dentre ótimos contos, destaco um em especial
chamado Jandira que me emocionou muito. Nele conta-se a história de uma mulher,
que são tantas, que foi "dada" à avó do dono da casa onde vivia. Não
sabia sua idade, onde e quando nascera e lembrava-se vagamente dos pais. Nessa
casa, onde era tratada como "parte da família", aprendeu a fazer tudo
como cada um gostava, na base da impaciência e dos castigos físicos.

mso-bidi-font-style:italic">"Trabalho delicado não aprendeu, não lhe foi
ensinado. Ler, escrever e fazer conta, também não, quis, mas os inacabáveis
afazeres domésticos não permitiam. Disseram-lhe que isso de aprender a bordar,
ler, escrever e contar não é mesmo coisa para todo mundo".

mso-bidi-font-style:italic">Nunca teve casa, morava nas das pessoas da família,
quando era necessária. Como "parte da família", apesar de não fazer
as refeições à mesa com eles, não tinha salário, era de casa. Essa história me
emocionou ao imaginar quantas mulheres tiverem o mesmo destino de Jandira,
quantas histórias apagadas, jogadas num quarto de fundo sem início, meio e fim.
Vivendo de pedaços escassos da história de outras pessoas.

Por fim, mso-bidi-font-style:italic">"o fato é que Jandira, a que nunca existiu, só
com muita dificuldade aceitou para si a personagem para ela criada pela
conveniente hipocrisia".

mso-bidi-font-style:italic">Mantendo essa qualidade narrativa em todos os
contos, cada um deles nos traz uma reflexão importante e aflora em nós
pensamentos e sentimentos adormecidos e muito necessários. Ainda destaco os
contos: Cartas pela Web, Disfarces Ocultos e Parte Bicho.

mso-bidi-font-style:italic">Recomendo conhecer a obra e a narrativa desta
autora.



 



Para
maiores informações sobre a autora e suas obras:

 

JULIANNE
VEIGA

Instagram:
@juliannevjj

Facebook:
Julianne Veiga Escritora


































































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