A importância da segunda dose para o controle da pandemia
Para aquelas pessoas que ignoram a vacina ou até mesmo se recusam a tomar a segunda dose, está mais sujeito à infecção, em comparação com pessoas que recebem as duas doses. Ou seja, esse indivíduo não contribui tanto para o controle da circulação do Sars-CoV-2. E esse é um problema ainda maior em um cenário onde a maioria das pessoas segue sem acesso aos imunizantes.
Como se não bastasse, a aplicação parcial pode favorecer versões mais resistentes do coronavírus. A lógica é a seguinte: uma suposta variante mais potente do vírus poderia não resistir em um corpo que recebeu duas doses, mas se proliferar em outro que só tomou uma. Ou seja, se o abandono vacinal for considerável na população, ela poderia tomar conta do cenário e aumentar o número de óbitos ainda mais.
Entre os imunizantes disponíveis no Brasil, o intervalo entre as picadas deve ser de 14 a 28 dias para a Coronavac e de três meses para a da AstraZeneca. Se estiver atrasado, procure o local de vacinação quanto antes.
Cunha acredita que, para controlar o abandono vacinal, o governo precisa investir em campanhas maciças de comunicação, focando na efetividade e na segurança dos produtos.
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